A r t e D e m ó t i c a


















Por Jiddu Saldanha*
Conheci o “Manifesto Político-Poético” por volta de 1992, uma arrojada criação do genial poeta amapaense Herbert Emanuel em parceira com Jules de Lima (Morali) fundador do movimento de arte demótica.
Este manifesto é, na minha percepção, um jorro de pura paixão e profundidade artística e política e que está em total sintonia com este momento histórico, onde nos vemos cada vez mais, acorrentados quer seja pelas relações de poder ou/e domesticado por uma vida imersa no que há de pior no consumismo propagado pela doutrina do neo-capitalismo.
É com prazer que apresento à vocês, queridos amigos e simpatizantes do movimento TribAL, o então “Manifesto Político-Poético”:
Queremos afirmar nossa alegria
Contra a atmosfera de tristeza que nos envolve
Queremos fazer brilhar a beleza
Contra a fealdade sinistra dos nossos dias
Queremos dançar para revitalizar nosso espírito
Contra o logo das crises políticas e econômicas que nos arrastam para os braços do nada
Queremos brandir docemente e às vezes exasperadamente nossos ideais estéticos, políticos e pessoais
Contra o vazio que a insensibilidade oficial promove
Queremos exercitar os impulsos da criação, a intraduzível admiração diante das obras de arte
Contra o embrutecimento mental que a falta de cultura mais sórdida e mais triste nos impõe
Queremos ter sentido: um imenso, um vasto horizonte onde depositar nossas crenças, nossos delírios e nossas invenções
Queremos dizer SIM a tudo que nos transporta para o encontro com o novo, o velho, a beleza, a pintura, a música, o teatro, a poesia, o diálogo efusivo e ardente
Queremos molhar os desejos, incendiar os caminhos escuros,
COMEMORAR A VIDA!

*Mímico, poeta, artista plástico e arqueiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

muito bom trabalho Andre!!! oarabens pelo esforço e pela dedicação !!! realmente me sinto parte da historia quando vejo uma dedicação tamanha!!!!!!